domingo, 13 de junho de 2010

Guerra de Secessão



A Guerra de Secessão (1861-1865)

Essa guerra civil foi causada pelos antagonismos existentes entre o Norte Industrial e o Sul Agrícola. A burguesia nortista tinha consciência do grande mercado interno que aumentou muito em virtude da imigração e das altas taxas de natalidade.

Porém, a integração só seria possível com a abolição da escravatura, idéia que não agradava aos proprietários sulistas. As tarifas protecionistas tinham como objetivo eliminar a concorrência européia, uma vez que os estados do Sul compravam e vendiam para este mercado.

A expansão para o oeste aumentou a tensão entre o norte e o sul porque envolvia a questão de representação no senado e na câmara dos deputados. O norte tinha mais estados, portanto, maior representação no congresso. A criação de novos estados no meio-oeste foi disputada entre abolicionistas e os escravocratas.

Nesse ambiente conflitante surgiu o Partido Replubicano, que apresenta Abraham Lincoln como candidato às eleições presidenciais de 1860.

A plataforma básica de Lincoln compunha-se de dois pontos:

- união a todo preço;

- definição de tarifas protecionistas.

A Carolina do Sul proclamou a dissolução da União e foi seguida pelos demais Estados Confederados do Sul. A capital dos rebeldes era Richmond e seu presidente, Jefferson Davis. O sul desfechou o ataque ao Forte Sumter, o que provocou o início da guerra.

Apesar das vitórias iniciais dos Estados Confederados, a União tinha melhor estrutura rodoviária e ferroviária para transportar armas e suprimentos. Além disso, suas indústrias produziam tudo que necessitavam. Por outro lado, o sul importava armas, remédios e munições que eram pagos com algodão.

O Bloqueio Naval, que o Norte impôs ao Sul, foi fundamental para vencer a guerra. No decorrer do conflito, Lincoln aboliu a escravidão. Em 14 de abril de 1865, já com a guerra terminada, o Presidente era assassinado por um fanático sulista.

Os Estados Sulistas derrotados tiveram que aceitar a abolição e direito de voto aos negros, além de permanecerem ocupados militarmente até 1877. Esse fatos serviam de pretexto para a formação de sociedades secretas, entre as quais a Ku-Klux-Klan, a fim de perseguir negros.

Bibliografia:

Educar: programa de estudo e pesquisa. – (São Paulo) : Difusão Cultural do Livro, 2003.

Socialismo e Anarquismo


Socialismo x Anarquismo

O Socialismo


Durante o período de organização dos operários vários pensadores formularam críticas severas à nova sociedade industrial e aos sistemas sócio-econômicos. Segundo eles, a produção e distribuição de renda e de produtos deveria ser planejada para atender às necessidades básicas da população. Essas novas formulações ficaram conhecidas como socialismo.

Existiram duas correntes principais dentro do socialismo durante o século XIX: o socialismo utópico e o socialismo científico.

O Socialismo Utópico

Essa corrente do socialismo recebeu esse nome porque a maior parte de suas idéias era irrealizável, e não levava em conta a dificuldade de se colocá-las em práticas.

Os principais socialistas utópicos foram Saint-Simon, Charles Fourrier e Robert Owe.

Saint-Simon (1760-1825) acreditava na possibilidade de uma vida harmoniosa entre as diversas camadas da sociedade. Para ele, o governo deveria ser composto por cientistas, artistas, operários, industriais e banqueiros.

Charles Fourrier (1772-1858) aplicou suas idéias em sua própria fábrica na Escócia. Reduziu a jornada de trabalho para 10 horas, construiu casas e deu ensino gratuito para os trabalhadores e seus filhos, além de criar um armazém com produtos a preço de custo para os trabalhadores.

O Socialismo Científico

Essa corrente é representada por dois importantes personagens: Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895).

Esses dois pensadores fizeram estudos profundos da história da humanidade e da transformação dos modos de produção. Para eles, a única classe capaz de fazer transformações verdadeiras era a classe operária. Os operários deveriam tomar os meios de produção (terras, máquinas e fábricas), que estavam nas mãos de alguns capitalistas, e socializá-los. O Estado também teria uma função capital: fazer a distribuição da renda.

O pensamento de Marx e Engels influenciou grandemente a classe operária durante o século XIX, e é cultuado até hoje. Suas principais obras são O Manifesto Comunista (Marx e Engels), O Capital (Marx) e A Situação da Classe Operária Inglesa (Engels).

Anarquismo

A palavra anarquismo tem origem no termo grego, ánarkhos, cujo significado é, aproximadamente, "sem governo". O anarquismo é freqüentemente apontado como uma ideologia negadora dos valores sociais e políticos prevalecentes no mundo moderno: o Estado laico, a lei, a ordem, a religião, a propriedade privada etc.


De fato, como ideologia libertária e profundamente individualista, o anarquismo defende a ruptura com todas as formas de autoridade política e religiosa, a propriedade privada e quaisquer outros tipos de normas institucionais que cerceiem a liberdade do indivíduo em sociedade e na esfera da vida privada.

Um dos precursores do anarquismo foi William Godwin (1756 - 1836) que, já naquela época, propunha um novo tipo de arranjo social onde as pessoas não estivessem subordinadas à força dos governos e leis. Em sua perspectiva, acreditava ser possível que em um contexto dominado por princípios racionais e equilibrado entre as necessidades e vontades, seria possível conduzir a vida em sociedade. Além disso, também defendia o fim da propriedade privada.

No século XIX, outros pensadores passam a aprofundar as discussões de natureza anárquica. Entre essa nova leva de teóricos podemos citar as contribuições dadas por Mikhail Bakunin, Joseph Proudhon, Enrico Malatesta, Leon Tolstoi, Max Stirner e Peter Kropotkin. Em geral, todos eles tentaram trilhar os caminhos que pudessem conceber uma sociedade plenamente libertária.

Conforme já dito, os anarquistas concordavam que toda instituição dotada de poderes impedia o alcance da liberdade. Dessa forma, o Estado, a Igreja e muitos costumes são criticados na condição de verdadeiros entraves para o alcance de um mundo regido por pessoas livres. Paralelamente, as diferenças que identificam as classes sociais também seriam combatidas por meio da extinção das propriedades privadas.

Em uma sociedade desprovida de Estado, a produção e o gerenciamento das riquezas seriam estipulados por meio de ações cooperativistas. Nesse contexto, todos alcançariam condições de possuírem uma vida minimamente confortável e ninguém teria sua força de trabalho explorada em benefício de um terceiro. Logo, a violência e a miséria dariam lugar para um novo mundo regido pela felicidade da ampla maioria.

Assim como os socialistas, os anarquistas acreditavam na expressa necessidade de se realizar um movimento revolucionário que combatesse as autoridades vigentes. Apesar de tal concordância, os anarquistas não acreditavam que uma ditadura do proletariado fosse realmente necessária para que a sociedade comunista fosse alcançada. Em sua visão, a substituição de um governo por outro somente fortaleceria novas formas de repressão e desigualdade.

Bibliografia:

http://www.brasilescola.com/sociologia/anarquismo.htm

http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u28.jhtm

Educar: programa de estudo e pesquisa. – (São Paulo) : Difusão Cultural do Livro, 2003.

Unificação Italiana e Alemã



Unificações Européias

Unificação Italiana

Até metade do século XIX a Itália não era unificada. Existiam vários ducados independentes, mas a unidade nacional era um antigo desejo dos italianos nacionalistas.

Os primeiros movimentos foram sufocados pelo exército austríaco. O movimento começou a ter resultado quando foi encabeçado pelo ducado Sardo-Piemontês, o mais desenvolvido da Itália sob a regência de Victor Emanuel II e por seu primeiro ministro, o conde de Cavour.

Com o apoio da França, Cavour deu início a uma guerra contra a dominação austríaca e anexou vários reinos. O sul da Itália se mobilizou sob o comando de Giuseppe Garibaldi, que libertou essa região.

Com a aprovação desses territórios livres, Victor Emanuel foi proclamado rei da Itália.

Faltava, entretanto para completar a unidade italiana, Veneza e Roma se anexarem também. Veneza foi conquistada em união com a Prússia, em 1866. Roma foi incorporada quando os franceses que a protegiam foram obrigados a abandoná-la, quando a França entrou em guerra contra a Áustria em 1870.

Unificação Alemã

O Congresso de Viena dividiu os territórios da Alemanha em 38 Estados sob domínio austríaco.

Esses Estados eram essencialmente rurais e a dificuldade de avançar economicamente estava atrelada às barreiras alfandegárias que existiam entre eles. Com a abolição dessas tarifas e a inauguração de uma linha ferroviária, o comércio entre eles intensificou-se ajudando no desenvolvimento da indústria.

A união aduaneira foi um fato decisivo para a unificação da Alemanha. A Áustria e a Prússia disputavam essa unificação. Após a metade do século XIX, a Prússia passou a comandar, através de Bismarck o processo. Foram necessárias três guerras: contra a Dinamarca, a Áustria e a França. Finalmente em 1871, Guilherme I foi proclamado Imperador do II Reich (império) alemão.

Bibliografia:

Educar: programa de estudo e pesquisa. – (São Paulo) : Difusão Cultural do Livro, 2003.

Simon Bolívar e a Independência da América Espanhola





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Um dos maiores vultos da história latino-americana, Bolívar comandou as revoluções que promoveram a independência da Venezuela ,Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Simon José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco nasceu na aristocracia colonial. Recebeu excelente educação de seus tutores e conheceu as obras filosóficas greco-romanas e as iluministas.

Aos nove anos, perdeu os pais e ficou a cargo de um tio. Este o enviou à Espanha, aos 15 anos, para continuar os estudos. Lá, Bolívar conheceu Maria Teresa Rodríguez Del Toro y Alayza, com quem casou em 1802. Pouco depois de terem voltado para a Venezuela, sua esposa morreu de febre amarela. Bolívar então jurou nunca mais casar.

Em 1804, retornou para a Espanha. Na Europa, presenciou a proclamação de Napoleão como imperador da França e perdeu o respeito por ele, considerando-o traidor das idéias republicanas. Após breve visita aos EUA, regressou para a Venezuela em 1807.

No ano seguinte, Napoleão provocou uma grande revolução popular na Espanha, conhecida como Guerra Peninsular. Na América, organizações regionais se formaram para lutar contra o novo rei, irmão de Napoleão.

Caracas declarou a independência, e Bolívar participou de uma missão diplomática à Inglaterra. Na volta, fez um discurso em favor da independência da América espanhola. Em 13 de agosto de 1811, forças patriotas, sob o comando de Francisco de Miranda, venceram em Valencia. Mas, no ano seguinte, depois de vários desastres militares, os dirigentes revolucionários entregaram Miranda às tropas espanholas.

Bolívar escreveu o famoso "Manifesto de Cartagena", sustentando que Nova Granada deveria apoiar a libertação da Venezuela. Em 1813, invadiu a Venezuela e foi aclamado Libertador. Em junho daquele ano, tomou Caracas e, em agosto, proclamou a segunda república venezuelana.

Em 1819, organizou o Congresso de Angostura, que fundou a Grande Colômbia (federação que abrangia os atuais territórios da Colômbia, Venezuela, Panamá e Equador), a qual nomeou Bolívar presidente. Após a vitória de Antonio José de Sucre sobre as forças espanholas (1822), o norte da América do Sul foi enfim libertado.

Em julho de 1822, Bolívar discutiu com José de San Martín a estratégia para libertar o Peru, mais ao sul. Em setembro de 1823, ele e Sucre chegaram a Lima para planejar o ataque. Em agosto de 1824, derrotaram o exército espanhol. No ano seguinte, Sucre criou o Congresso do Alto Peru e a República da Bolívia (assim batizada em homenagem a Bolívar). Em 1826, Bolívar concebeu o Congresso do Panamá, a primeira conferência hemisférica.

Em 1827, devido a rivalidades pessoais entre os generais da revolução, eclodiram guerras civis na Grande Colômbia. Em 25 de setembro de 1828, em Bogotá, Bolívar sofreu um atentado, conhecido como "conspiração setembrina", da qual saiu ileso graças à ajuda de sua companheira, Manuela Sáenz. Com a guerra civil de 1829, a Venezuela e a Colômbia se separaram; o Peru aboliu a Constituição boliviana; e a província de Quito tornou-se independente, adotando o nome de Equador.

Acuado e tuberculoso, o Libertador morreu no ano seguinte, aos 47 anos.

Bibliografia:

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u276.jhtm

A Independência da América Espanhola

A independência da América espanhola está relacionada às transformações que ocorreram no século XVIII na Europa e que levaram à ruína o Absolutismo.

A independência das colônias inglesas na América do Norte, a Revolução Industrial, o Iluminismo e a Revolução Francesa causaram um grande impacto na América Espanhola.

Entre o final do século XV e o inicio do século XVI, a Espanha constituiu na América um imenso império colonial, riquíssimo em metais preciosos e que, até o final do século XVIII, foi a principal fonte de sustento da Coroa espanhola. A Coroa dividiu a administração em quatro vice-reinos; Nova Granada, Nova Espanha, Rio do Patra e Peru. Junto foram criadas quatro capitanias com função de defesa: Guatemala, Chile, Cuba e Venezuela.

O Pacto Colonial visava permanecer com o monopólio comercial através de uma série de limitações comerciais e de algumas obrigações por parte da colônia. Em meados do século XVIII, a riqueza das colônias espanholas já não era a mesma. Em séculos anteriores sugou praticamente toda riqueza de algumas regiões.

A Espanha tornou-se grande devedora da Inglaterra e da França, pois importava produtos, já que seu desenvolvimento industrial era atrasado.
Para contornar a situação, a Coroa espanhola, aumentou os impostos e restringiu ainda mais o comércio colonial. Tais medidas desagradaram os colonos, em especial os criollos. Além dessas restrições econômicas, os criollos também eram proibidos de tomar decisões políticas, pois o controle estava nas mãos dos Chapetones.

No século XIX, ocorreram diversas transformações no continente americano. As colônias espanholas e o Brasil se transformaram em Estados nacionais. Simultaneamente, os Estados Unidos se expandiram para o Oeste, enfrentaram uma violenta guerra civil, conhecida como Guerra da Secessão e, por fim, estabeleceram o seu domínio na América Latina.

No século XIX, houve o início do processo de descolonização da América Latina, levando à formação de Estados independentes, cujo modelo econômico era o agrário-exportador. Pouco antes da emancipação das colônias espanholas, a sociedade colonial se apresentava rigidamente hierarquizado, onde o nascimento, a tradição e a riqueza definiam a posição social do indivíduo.

A elite colonial, dividia-se em:

Criollos – eram descendentes de espanhóis nascidos na América.
Chapetones – eram pessoas nascidas na metrópole e que possuíam todos os privilégios e ocupavam os altos cargos administrativos.
Camada intermediária – era formada por comerciantes, advogados, médicos, professores, artesãos, etc.
Camada dominada – era formada pela grande maioria da população.

Bibliografia:

http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/independencia-da-america-espanhola.htm